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O Governo Federal anunciou na última semana, o novo Plano Safra, para vigorar de julho de 2022 a junho de 2023. A valorização do setor agropecuário continuou sendo reconhecida pelo atual governo. Houve aumento de oferta de recursos em todos os programas de financiamento. As taxas de juros sofreram alteração seguindo o aumento dos juros da Selic no mercado interno e também no mercado internacional em função da crise econômica que o mundo atravessa, mas a agricultura familiar continua sendo beneficiada com tratamento diferenciado.
O Plano Safra 2022/2023, prevê recursos de R$ 340,88 bilhões para apoiar a produção agropecuária nacional até junho do próximo ano. O valor reflete um aumento 36% em relação ao Plano anterior.
Do total de recursos disponibilizados, R$ 246,28 bilhões serão destinados ao custeio e comercialização, uma alta de 39% em relação ao ano anterior. Outros R$ 94,6 bilhões serão para investimentos (+29%).
Os recursos com juros controlados somam R$ 195,7 bilhões (alta de 18%) e com juros livres R$ 145,18 bilhões (alta de 69%). O montante de recursos equalizados cresceu 31%, chegando a R$ 115,8 bilhões na próxima safra.
Com a taxa básica de juros da economia (Selic) em 13,25% atualmente, buscou-se preservar, prioritariamente, elevações menores para os beneficiários do Pronaf e do Pronamp, garantindo financiamento adequado para esses públicos.
Os juros de custeio para os agricultores do Pronaf, passou para 5 a 6% ao ano. Demais produtores de 7,5 a 12%. Financiamentos para investimentos nas cooperativas, está destinado R$ 2,22 bilhões, com juros de 11.5%, prazo 10 anos e 3 anos de carência, e pode financiar máximo de R$ 150 milhões por cooperativa.
O Programa para Construção e Ampliação de Armazéns (PCA), que financia investimentos necessários à ampliação e à construção de novos armazéns, terá R$ 5,13 bilhões disponíveis na próxima safra, com taxas de juros de 7% ao ano para investimentos relativos à armazenagem com capacidade de até 6 mil toneladas, e de 8,5 % ao ano. para os demais investimentos. O prazo de reembolso é de até 12 anos, com carência de até 3 anos.
Neste ano, foi instituído um limite de financiamento de R$ 50 milhões para investimentos relativos a armazenagens de grãos. Para o armazenamento dos demais itens, o limite continua sendo de R$ 25 milhões.
O presidente da Cooperitaipu de Pinhalzinho e Fecoagro/SC, Arno Pandolfo, considerou o Plano muito bom, embora os juros tenham sido aumentados em relação ao Plano anterior, Arno diz que precisa considerar que os juros de modo geral se elevaram e mesmo assim o Governo Federal segurou as taxas de juros para os agricultores familiares em menos da metade da taxa Selic que é a referência mínima do mercado financeiro.
FONTE: FECOAGRO E MAPA