Na semana que passou, um grupo de líderes cooperativistas, autoridades e operadores comerciais participaram de uma viagem ao Paraguai e a Foz do Iguaçu, na divisa entre o Brasil e Paraguai, para prospectar negócios, alinhar parcerias e conhecer a realidade da região e discutir alternativas para dois importantes negócios que interessam as cooperativas de SC. Exportação de fertilizantes e importação  de milho para ajudar diminuir o déficit do grão ao setor de proteínas animais no estado.

Liderados pelo presidente da Fecoagro, Arno Pandolfo, lá estiveram o presidente da Ocesc, Luiz Vicente Suzin; o presidente da Aurora Alimentos, Neivor Canton; além do secretário de estado da Agricultura de SC, Altair Silva. Da parte operacional das instituições participaram Ivan Ramos, diretor executivo da Fecoagro; Jairo Loose, gerente de Negócios e Elisete Squena, gerente da Indústria de Fertilizantes. Pela Aurora também participou o gerente de Suprimentos de Grãos, Marcos Cortina. O roteiro e a programação dos dois dias de reuniões e visitas foi organizado pelo diretor da Granosul, Romualdo Araldi e sua equipe, que representam a Fecoagro no Paraguai.

Miniseminários sobre as oportunidades de negócios entre as cooperativas catarinenses e os produtores de grãos e consumidores de fertilizantes no Paraguai foi a tônica das reuniões que mostraram diversos aspectos que interferem nos negócios, com destaque para a burocracia oficial nas aduanas, nas precariedades da logística dos produtos, tanto na exportação de fertilizantes, como na importação de milho.

A Fecoagro manifestou interesse de ampliar seus volumes de vendas no Paraguai, atualmente de apenas 20 mil toneladas/ano, e também introduzir naquele país os produtos especiais da Linha Nobre; e as cooperativas tem interesse na importação de milho para atender seus associados e fábricas de ração.

O outro foco das reuniões foi a discussão sobre as importações de milho do Paraguai, para atender as cooperativas de SC.

Hoje algumas cooperativas de SC já importam milho daquele país, mas precisarão ampliar seus volumes pois se trata da origem mais próxima e mais econômica para o abastecimento do cereal.

O Paraguai tem áreas disponíveis para expansão do plantio de milho, mas precisam de parcerias com os compradores para viabilizar a ampliação da produção.

O secretário da Agricultura de SC, Altair Silva, conhecedor dos problemas que SC enfrenta com o abastecimento de milho para as suas agroindústrias e criadores, acompanhou de perto todas as reuniões organizadas pela Fecoagro e a equipe da Granosul, em Foz do Iguaçu.

Ouviu os problemas de logística; a tributação das importações de milho, e até mesmo no mercado interestadual do produto, e recebeu diversas reivindicações para serem tratadas em nível de governo, estadual e federal no Brasil.

Redução da tributação de ICMS interestadual, e a eliminação do PIS COFINS nas importações foram as principais reinvindicações dos importadores e exportadores de milho. A precária situação das rodovias em SC por onde passam os caminhões para trazer milho ao estado, foi outra reinvindicação apresentada ao secretário.

Fonte: Fecoagro/SC / Foto: Fecoagro/SC.